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Querido (a) aluno (a)

Nada lhe posso dar que já não exista em você e sim acrescentar. Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é o fundamental para se abrir as portas do conhecimento.

Língua Portuguesa!

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Ingredientes: muitos erros, bastantes dúvidas e uma mão cheia de reflexões. Juntam-se esclarecimentos, correções e sugestões em quantidade generosa. Tudo polvilhado com bom humor. Porque queremos partilhar a nossa maneira de saborear a língua!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Inclusão, saiba mais.

Edição 231 | Abril 2010

Conheça as salas de recurso que funcionam de verdade para a inclusão

Alunos com deficiência precisam desenvolver habilidades para participar das aulas. Saiba como esse trabalho deve ser feito no contraturno

Camila Monroe (camila.monroe@abril.com.br). Colaborou Beatriz Santomauro
Foto: Marina Piedade
LEITURA NO TATO O trabalho com letras móveis em braile ajuda os alunos com deficiência visual na alfabetização

Fotos: Marina Piedade



Os números do último Censo Escolar são o retrato claro de uma nova tendência: a Educação de alunos com deficiência se dá, agora, majoritariamente em classes regulares. Seis em cada dez alunos nessa condição estão matriculados em salas comuns - em 2001, esse índice era de apenas dois em cada dez estudantes. O aumento merece ser comemorado, mas que não esconde um grande desafio: como garantir que, além de frequentar as aulas, crianças e jovens aprendam de verdade? 



A tarefa tem naquilo que os especialistas chamam de Atendimento Educacional Especializado (AEE) um importante aliado. Instituído pelo mesmo documento que em 2008 concebeu as diretrizes para a inclusão escolar, mas regulamentado apenas no fim do ano passado, o AEE ocorre no contraturno nas salas de recursos, ambientes adaptados para auxiliar indivíduos com uma ou mais deficiências (veja nas fotos que ilustram esta reportagem alguns dos principais equipamentos utilizados em três escolas da capital paulista: EE Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, EMEF João XXIII e EMEI Professor Benedicto Castrucci). Segundo o Censo Escolar, atualmente 27% dos alunos matriculados em classes comuns do ensino regular recebem esse apoio. Se a implantação das 15 mil novas salas prometidas para este ano de fato ocorrer, o atendimento alcançará mais de 50% das matrículas - em números absolutos, cerca de 190 mil estudantes.



Trabalho não se confunde com atividades de reforço escolar 



Diferentemente do que muitos pensam, o foco do trabalho não é clínico. É pedagógico. Nas salas de recursos, um professor (auxiliado quando necessário por cuidadores que amparam os que possuem dificuldade de locomoção, por exemplo) prepara o aluno para desenvolver habilidades e utilizar instrumentos de apoio que facilitem o aprendizado nas aulas regulares. "Se for necessário atendimento médico, o procedimento é o mesmo que o adotado para qualquer um: encaminha-se para um profissional da saúde. Na sala, ele é atendido por um professor especializado, que está lá para ensinar", diz Rossana Ramos, especialista no tema da Universidade Federal de Pernambuco. 

Os exemplos de aprendizagem são variados. Estudantes cegos aprendem o braile para a leitura, alunos surdos estudam o alfabeto em Libras para se beneficiar do intérprete em sala, crianças com deficiência intelectual utilizam jogos pedagógicos que complementam a aprendizagem, jovens com paralisia descobrem como usar uma prancheta de figuras com ações como "beber água" e "ir ao banheiro", apontando-as sempre que necessário. "Desenvolver essas habilidades é essencial para que as pessoas com deficiência não se sintam excluídas e as demais as vejam com normalidade", diz Maria Teresa Mantoan, docente da faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), uma das pioneiras no estudo da inclusão no Brasil.

Foto: Marina Piedade
HORA DE CONTAR Alunos com deficiência intelectual estudam numeração associando placas 

a faces do dado


Também vale lembrar que o trabalho não é um reforço escolar, como ocorria em algumas escolas antes de a nova política afinar o público-alvo do AEE. "Era comum ver nas antigas salas de recursos alunos que apresentavam apenas dificuldade de aprendizado. Hoje, a lei determina que somente quem tem deficiência, transtornos globais de desenvolvimento ou altas habilidades seja atendido nesses ambientes", afirma Maria Teresa. Com o foco definido, o professor volta a atenção para o essencial: proporcionar a adaptação dos alunos para a sala comum. Cada um tem um plano pedagógico exclusivo, com as atividades que deve desenvolver e o tempo estimado que passará na sala. 



Para elaborar esse planejamento, o profissional da sala de recursos apura com o titular da sala regular quais as necessidades de cada um. A partir daí (e por todo o período em que o aluno frequentar a sala de recursos), a comunicação entre os educadores deve ser constante. Se o docente da turma regular perceber que há pouca ou nenhuma evolução, cabe a ele informar o da sala de recursos, que deve modificar o plano. Outra atitude importante é transmitir o conteúdo das aulas da sala regular à de recursos com antecedência. "Se a turma for aprender operações matemáticas, é preciso preparar o aluno com deficiência visual para entender sinais especiais do braile", exemplifica Anilda de Fátima Piva, professora de uma sala de recursos na EMEF João XXIII, em São Paulo.

Estou aprendendo muito com você...

Oração do professor!

Dai-me, Senhor, o dom de ensinar,
Dai-me esta graça que vem do amor.
Mas, antes do ensinar, Senhor,
Dai-me o dom de aprender.
Aprender a ensinar
Aprender o amor de ensinar.
Que o meu ensinar seja simples, humano e alegre, como o amor.
De aprender sempre.
Que eu persevere mais no aprender do que no ensinar.
Que minha sabedoria ilumine e não apenas brilhe.
Que o meu saber não domine ninguém, mas leve à verdade.
Que meus conhecimentos não produzam orgulho,
Mas cresçam e se abasteçam da humildade.
Que minhas palavras não firam e nem sejam dissimuladas,
Mas animem as faces de quem procura a luz.
Que a minha voz nunca assuste,
Mas seja a pregação da esperança.
Que eu aprenda que quem não me entende
Precisa ainda mais de mim,
E que nunca lhe destine a presunção de ser melhor.
Dai-me, Senhor, também a sabedoria do desaprender,
Para que eu possa trazer o novo, a esperança,
E não ser um perpetuador das desilusões.
Dai-me, Senhor, a sabedoria do aprender
Deixai-me ensinar para distribuir a sabedoria do amor.

Antonio Pedro Schlindwein

Inclusão, pense nisso!

Momento de reflexão!

A VOLTA DO VELHO PROFESSOR

Em pleno século XX, um grande professor do século passado voltou à Terra e, chegando a sua cidade, ficou abismado com o que viu: as casas altíssimas, as ruas pretas, passando uma sobre as outras, com uma infinidades de maquinas andando em alta velocidade; o povo falava muitas palavras que o professor não conhecia (poluição, avião, rádio, metro, televisão...); os cabelos de algumas pessoas pareciam com os do tempo das cavernas... e as roupas deixaram o professor ruborizado.


Muito surpreso e preocupado com a mudança, o professor visitou a cidade inteira e cada vez compreendia menos o que estava acontecendo. Na igreja, levou um susto com o padre que já não rezava mais em latim, com o órgão que estava mudo e com um grupo cabeludos tocando uma música estranha.

Visitando algumas famílias, espantou-se com o ritual depois do jantar: todos se reuniam durante horas para adorar um aparelho que mostrava imagens e emitia sons. O professor ficou impressionado com a capacidade de concentração de todos: ninguém falava uma palavra diante do aparelho.

Cada vez mais desanimado, foi visitar a escola - e, finalmente, sentiu um grande alivio, reencontrando a paz. Ali, tudo continuava da mesma forma como ele havia deixado: as cadeiras uma atrás da outra, o professor falando, falando e os alunos escutando, escutando, escutando...

E HOJE, SE O VELHO PROFESSOR VISITASSE SUA ESCOLA, COMO A ENCONTRARIA?

Educar um ato de muito amor.

Aprenda com os animais, ame ao próximo!

Fique ligado!

As maiores palavras da língua portuguesa são:

  1. Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, que define uma pessoa com uma doença pulmonar causada pela aspiração de cinzas vulcânicas.O vocábulo de 46 letras ganhou seu primeiro registro no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (página 2242) em 2001.

  1. Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose é nome da doença cuja palavra para o portador ocupa o primeiro. Também chamada de pneumoconiose — forma resumida e atual — é causada pela aspiração de microscópicas partículas de cinzas vulcânicas. Inclusive, a tal enfermidade é a maior palavra do inglês: pneumoultramicroscopicsilicovolcanoconiosis, com 45 letras, uma a menos que no português.

  1. Hipopotomonstrosesquipedaliofobia é uma doença psicológica que se caracteriza pelo medo irracional (ou fobia) de pronunciar-se palavras grandes ou complicadas. Contém 33 letras.

  1. Anticonstitucionalissimamente, com 29 letras, é a quarta maior palavra do nosso idioma. O maior advérbio da língua portuguesa descreve algo que é feito contra a constituição.

  1. Oftalmotorrinolaringologista, o especialista em doenças dos olhos, ouvidos, nariz e garganta, ocupa o quinto lugar deste ranking, com 28 letras.

  1. Inconstitucionalissimamente ocupa sexto lugar. O advérbio, com 27 letras, é um sinónimo de anticonstitucionalissimamente. É tida geralmente como a mais longa palavra de língua portuguesa pelo Guinness Book of Records. Possui 27 letras e é um advérbio que designa o mais alto grau de inconstitucionalidade.

Tenha uma boa semana.

Tenha uma boa semana.

Vídeo

Reforma Ortográfica

O emprego do português no poema.

Pra distrair e observar os efeitos do vídeo.